Trump diz que teve química com Lula e marca encontro com presidente brasileiro para a próxima semana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu contraparte dos Estados Unidos, Donald Trump Fotos de Evaristo Sá/AFP e Brendan Smialowski/AFP

Durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (23), ocorreu um breve, porém simbólico, encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Brasil abriu os discursos, como de costume, com Lula defendendo a democracia, a soberania nacional e criticando sanções, tarifas e restrições impostas pelos EUA ao Brasil. Em seguida, Trump discursou e relatou que houve uma troca de olhares e um abraço rápido entre os dois, e que combinaram uma reunião bilateral para a próxima semana. 

Trump descreveu o encontro com Lula nos corredores da ONU como tendo havido uma “química excelente”, mesmo que o contato tenha sido muito rápido — cerca de 20 a 30 segundos. Ele afirmou que Lula “pareceu ser um homem muito agradável” e que gostou da conversa que tiveram. Apesar das divergências recentes — especialmente em razão de medidas como tarifas aplicadas pelos EUA e sanções que têm afetado autoridades brasileiras — o gesto diplomático foi recebido como um possível indício de abertura para diálogo. 

Analistas políticos interpretam esse momento como um passo pragmático de ambas as partes: Lula reafirmou sua postura de não aceitar interferências externas em assuntos internos do Brasil, enquanto Trump parece disposto a suavizar tensões, pelo menos publicamente. O anúncio de que se encontrariam oficialmente em breve gerou também repercussão no mercado, onde houve valorização do real e alta na bolsa paulista, refletindo expectativas de que o diálogo possa mitigar atritos e trazer estabilidade econômica.

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