O Rio Grande do Norte registrou um desempenho expressivo nas transações internacionais até setembro de 2025. Segundo análise da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Sedec/RN), o estado alcançou superávit acumulado de US$ 404,9 milhões, com exportações de US$ 729,6 milhões e importações de US$ 324,7 milhões, ultrapassando a marca de US$ 1 bilhão na corrente de comércio. Somente em setembro, o saldo positivo foi de US$ 48,2 milhões, resultado de US$ 77 milhões exportados e US$ 28,8 milhões importados.
Os principais produtos exportados foram o bulhão dourado (ouro não refinado), com US$ 23,6 milhões, seguido de melancias (US$ 16,9 milhões), melões (US$ 15,4 milhões), óleos combustíveis (US$ 5,5 milhões) e rolamentos de esferas (US$ 1,9 milhão). O conjunto desses itens representou mais de 80% do total exportado, com destaque para a força da fruticultura e da mineração potiguar. Os principais destinos das exportações foram o Canadá, Países Baixos, Reino Unido, Espanha e México, que concentraram 83,7% das vendas externas do estado.
No campo das importações, o RN comprou US$ 28,8 milhões em produtos, sendo os mais relevantes trigo e misturas de trigo com centeio (US$ 3,8 milhões), caldeiras (US$ 3,2 milhões), coque de petróleo (US$ 1,7 milhão) e peças industriais. A China liderou entre os países fornecedores, seguida por Argentina, México, Alemanha e Suíça, que juntos responderam por 77,7% do total importado.
O transporte marítimo segue como principal via de comércio exterior, responsável por 63,1% das exportações e mais de 90% das importações, reforçando a importância da infraestrutura portuária do estado. Para o secretário adjunto da Sedec, Hugo Fonseca, apesar da queda recente nas vendas de óleo combustível e dos impactos do “tarifaço” norte-americano, o RN mantém um desempenho sólido e diversificado, com abertura de novos mercados e equilíbrio da balança comercial.
