
Foto: Tv Ponta Negra
A saúde pública de Natal vive um cenário de caos. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a população enfrenta falhas no atendimento médico, plantões descobertos e longas esperas. A própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reconheceu os problemas e atribuiu parte da crise à ausência de médicos, apontando pressão do sindicato da categoria e da antiga cooperativa responsável pelos serviços.
Enquanto isso, parlamentares aliados ao prefeito Paulinho Freire permanecem em silêncio diante de toda a situação. A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Natal, conhecida por sua atuação enérgica quando se trata de fiscalizar unidades de saúde do Estado, mostra-se inerte diante da crise que atinge a capital. No Legislativo, o tema é praticamente ignorado por aqueles que defendem com veemência a atual gestão municipal.
A situação se agravou após a mudança de contratos. Até recentemente, a Coopmed-RN era responsável por preencher as escalas médicas da rede, mas a gestão municipal optou por substituí-la por novas empresas em regime emergencial. A transição, no entanto, não garantiu a continuidade dos atendimentos, deixando milhares de pacientes desassistidos.
O impacto recai principalmente sobre a população mais pobre. Além da paralisação dos serviços por falta de pagamento a médicos, famílias relatam dificuldades no acesso a fórmulas especiais para crianças com alergia à proteína do leite de vaca. Mesmo com a assinatura de um contrato emergencial que ultrapassa R$ 200 milhões para garantir os serviços médicos, o quadro segue crítico.
De acordo com a Prefeitura de Natal, a expectativa é de que o atendimento seja normalizado com a entrada efetiva das novas empresas contratadas. Até lá, a crise expõe fragilidades da rede pública e aumenta a pressão sobre o sistema de saúde, deixando a população à espera de soluções rápidas e efetivas.
Até que tudo se resolva, se é que vai se resolver, a população segue agonizando à espera de um serviço básico e essencial.