Gabriela Tunes/SBT
Na manhã desta terça-feira (22), deputados do Partido Liberal (PL) chegaram à Câmara para participar de duas reuniões: uma moção de louvor ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, e outra na Comissão de Segurança Pública. No entanto, enquanto registravam presença, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), assinou uma decisão proibindo sessões de comissões durante o recesso parlamentar, que vai até 4 de agosto, levando ao cancelamento das reuniões.
A maioria dos deputados já estava na Comissão de Segurança, com quórum de 23 parlamentares, mas todos tiveram que deixar o local e se reunir fora da comissão. O presidente do colegiado, Paulo Bilynskyj (PL-SP), apresentou um certificado de moção de apoio a Bolsonaro, que destaca a “alegada perseguição política” contra o ex-presidente e os impactos na ordem e segurança pública.
O deputado Bilynskyj criticou a decisão de Motta, classificando-a como um “recesso branco” e denunciando a tentativa de calar a oposição. Já o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), chamou a medida de “antirregimental e ilegal”, afirmando que o partido não realizou a reunião para evitar ser acusado de extremismo, e ressaltou que os verdadeiros extremistas seriam os setores da esquerda alinhados a regimes totalitários. O deputado Zucco (PL-RS) também declarou que o Brasil vive uma “ditadura” e culpou o governo atual pela imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos, atribuindo a responsabilidade à “nanica diplomacia de Lula”.
Fonte: SBT News
