
Foto: Elisa Elsie/Arquivo ASSECOM
A participação feminina no mercado de trabalho do Rio Grande do Norte cresceu significativamente entre 2014 e 2024. O estado se destacou nacionalmente em dois aspectos: o aumento do número de mulheres responsáveis por domicílios e a presença feminina em cargos de chefia. Em 2024, 56,4% dos domicílios no RN tinham mulheres como responsáveis, número superior à média nacional de 51%. Já em cargos de direção e gerência, elas ocupavam 44,9% das posições, também acima da média nacional de 39,2%.
Esse avanço é retratado pelo Boletim do Observatório do Trabalho e de Políticas Sociais no RN, com base na PNAD Contínua do IBGE. Os dados mostram uma progressão constante da presença feminina tanto na gestão doméstica quanto em funções de liderança no mercado formal. Na região Oeste potiguar, a proporção de mulheres chefes de domicílio chegou a 60,7%, a maior do estado.
Nos cargos de chefia, a evolução também foi expressiva: de 34,5% em 2014 para 44,9% em 2024, superando a média nacional desde 2019. Além disso, a proporção de mulheres nesses cargos no RN (44,9%) foi maior do que a proporção feminina entre todos os trabalhadores ocupados do estado (40%), algo que não se repetiu na média do país.
Apesar dos avanços, persistem desigualdades estruturais entre homens e mulheres no mercado de trabalho potiguar. Embora a população feminina ainda seja maioria no RN (51,3% em 2024), essa proporção tem diminuído lentamente desde 2014. As conquistas observadas indicam uma tendência positiva, mas também reforçam a necessidade de políticas públicas que enfrentem as barreiras ainda existentes.