Justiça determina suspensão de greve dos servidores da saúde de Natal

A Justiça atendeu a um pedido da Prefeitura do Natal e determinou o fim da greve dos profissionais da saúde, liderada por cinco sindicatos, por considerar que a paralisação compromete serviços essenciais como UPAs, hospitais e vigilância em saúde. A decisão estabelece multa diária de R$ 10 mil por sindicato, limitada a R$ 200 mil por entidade, caso a ordem seja descumprida. A medida foi motivada por um mandado de segurança cível que apontou riscos à população devido à greve.

Os sindicatos envolvidos – Sindsaúde, Sindern, Sinfarn, Soern e Sinsenat – reivindicam o pagamento retroativo do piso da enfermagem, gratificações por insalubridade, reajuste salarial de 24%, além de melhorias estruturais e mudanças funcionais. A Justiça considerou a greve abrupta e sem esgotamento das tentativas de negociação, apesar da proposta da Prefeitura de reabrir o diálogo em até 60 dias e oferecer um reajuste de 5,47% a partir de junho.

Outro fator decisivo foi o contexto sanitário, com mais de 2 mil casos prováveis de arboviroses, principalmente dengue, e risco de colapso no sistema de urgência. A manutenção de apenas 30% da força de trabalho, como sugerido pelos grevistas, foi considerada insuficiente. A decisão liminar exige o retorno imediato ao trabalho e os sindicatos têm 15 dias para apresentar defesa, enquanto o processo aguarda redistribuição a um relator definitivo.

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